Em documento publicado na quarta-feira (21), a prefeitura de São Martinho da Serra decretou situação de emergência em razão da estiagem que atinge o município. De acordo com o Decreto nº 4133, a ausência de chuva nos últimos quatro meses desencadeou “um quadro de estiagem, que está causando danos humanos (pessoas sem acesso à água potável para consumo), danos ambientais pela escassez e diminuição hídrica, baixa umidade do ar, aumento no número de queimadas e incêndios vegetais, prejuízos econômicos públicos e privados, principalmente na agricultura e pecuária, que são as matrizes econômicas do município”.
É a quarta vez que a cidade enfrenta a estiagem. Conforme o documento embasado em laudos técnicos da Emater, desde 2019, com a recorrência da estiagem, o déficit hídrico tem superado a capacidade do poder público de enfrentar o problema. Assim, para o prefeito Robson da Trindade (União Brasil), o decreto tornou-se uma medida necessária para buscar ajuda junto ao Estado:
– Além do prejuízo em lavouras e na criação de gado, atividades que representam a força econômica do município, os martinhenses estão enfrentando problemas muito graves como falta de acesso à água potável. Então, além de uma série de medidas como ações da Defesa Civil, decidimos buscar ajuda do Estado para diminuir os efeitos negativos da estiagem.
Defesa Civil de São Martinho da Serra tem distribuído água mineral aos moradores que sofrem com a falta de acesso à água potável,
Segundo dados da Emater, estimativa de prejuízo na receita do município gira em torno de R$ 66 milhões. Iniciativas como criação de poços artesianos e distribuição de cestas básicas para agricultores que já sentem os efeitos da estiagem são realizadas pelas secretarias de Agricultura e de Assistência Social e Habitação.
– Em localidades do interior do município, onde a agricultura familiar é a base do sustento de muitas famílias, a situação é mais crítica. Assim, a assistência social se torna indispensável – explica Robson.
Até agora, outras duas cidades já decretaram situação de emergência. Tupanciretã e Agudo também sentem os impactos da falta de chuva, principalmente na produção agrícola dos municípios.
Estiagem volta a afetar a região e Tupanciretã decreta emergência
Agudo decreta situação de emergência devido à estiagem pelo quarto ano consecutivo